A SANTANA era, na ocasião dos serviços consultivos, a empresa líder do setor de isoladores cerâmicos de grande porte utilizados em linhas de transmissão de energia elétrica, incluindo os que são utilizados no linhão da Usina de Itaipu.
O seu controle era familiar, sendo o seu CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO composto exclusivamente por membros de uma mesma família, e que havia contratado no mercado um CEO, sendo os demais membros de sua Diretoria Executiva composta por profissionais que haviam desenvolvido suas carreiras na própria empresa.
A minha contratação foi feita com o objetivo de buscar um equacionamento para uma séria deterioração no relacionamento entre os Conselheiros de Administração e o CEO, pois estes mencionavam que o Principal Executivo não prestava atenção em relação às suas solicitações, ao mesmo tempo em que não os mantinham adequadamente informados em relação à situação geral da empresa.
Ao mesmo tempo, o CEO mencionava que o que recebia de solicitações fragmentadas dos Conselheiros, que não formavam um todo coerente, havendo até mesmo solicitações incompatíveis, tais como crescer e aumentar simultaneamente o pagamento de dividendos, dentre outras definições igualmente incongruentes. Adicionava que as informações que fornecia sobre a situação da empresa não despertavam interesse dos Conselheiros, que, em sua grande maioria, não conseguiam interpretar adequadamente demonstrativos financeiros!
Com isso ficou claro que não estavam, nem de longe, sendo utilizadas, até por desconhecimento, as MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA e que seria necessário utilizar uma abordagem hábil e didática para que essas pudessem ser incorporadas gradualmente à cultura da empresa.
Para isso me propus a coordenar um processo de elaboração de DIRETRIZES ESTRATÉGICAS, atuando inicialmente com o CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO em separado e, depois, com a DIRETORIA EXECUTIVA, colhendo e estruturando os subsídios originados desses dois fóruns, ao que fui cuidadosamente aportando aspectos conceituais de governança corporativa e de gestão empresarial, bem como originados de minhas experiências em gestão de indústrias.
Depois de alguns ciclos desse processo, fui fazendo convergir essas definições, até que chegaram a um ponto em que existia uma significativa compatibilidade entre elas, quando finalmente promovi uma reunião estruturada com os participantes dos dois fóruns, que surpreendeu positivamente a ambos, pois seus participantes se deram conta que tinham mais coincidências em relação ao direcionamento estratégico a ser dado à empresa, do que supunham inicialmente, o que possibilitou que, com pequenos retoques, fosse o seu conteúdo aprovado unanimemente pelos Conselheiros.
Utilizando as DIRETRIZES ESTRATÉGICAS assim aprovadas como balizamentos, promovi a elaboração de um PLANEJAMENTO ESTRATÁGICO capaz de atendê-las. cujo conteúdo foi objeto de debates, agora construtivos. entre os membros do Conselho de Administração e Diretoria Executiva, em clima amistoso e profissional, com isso tendo sido terminadas minhas atividades consultivas.
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